quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Deputados dos R$ 16.5 mil têm memória curta. Dos seis, quatro também receberam o mimo em 2007.

Os seis deputados que receberam ajuda de custo de R$ 16,5 mil por um dia de trabalho na segunda-feira, data da eleição da presidência da Câmara, afirmavam até ontem que não tinham conhecimento sobre a quantia e que retornaram à Câmara apenas para a votação. No entanto, quatro deles – Alberto Fraga (DEM-DF), Walter Feldman (PSDB-SP), Cássio Taniguchi (PMDB-PR) e Osmar Terra (PMDB-RS) – já haviam recebido o mesmo benefício em 2007. Na época, depois de assumirem o mandato parlamentar, deixaram a cadeira para ocupar cargos em secretarias de governo de seus estados.

Os suplentes que irão assumir as vagas deixadas pelos seis parlamentares, como mostrou ontem o Contas Abertas, também serão agraciados com a ajuda de custo, já que o benefício é concedido no início de cada sessão legislativa para cada parlamentar a “título de indenização”. A verba é dada independente do número de dias que o deputado trabalha.

No ano passado, 19 parlamentares receberam o benefício nas mesmas circunstâncias, o que resultou uma despesa extra de R$ 313 mil aos cofres públicos. Os seus suplentes também foram contemplados com a bolada ao assumirem a nova legislatura, o que fez com o valor gasto pulasse para R$ 616 mil.

Questionado pelo Correio Braziliense se não havia percebido a quantia no ano passado, o deputado Walter Feldman, por exemplo, afirmou que não sabia que iria receber e que não lembrava desse “adicional”, pois, segundo ele, a esposa era a responsável por administrar a sua conta.

Ontem, em e-mail enviado ao Contas Abertas, a assessoria de imprensa do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) afirmou que enviou ofício ao diretor do departamento pessoal da Câmara ao tomar conhecimento da ajuda de custo. Terra manifestou disposição de abrir mão da ajuda de custo e, caso isso não seja possível, afirmou que irá devolver a quantia à Câmara. "Caso não haja possibilidade de devolução, o deputado fará a doação da quantia para uma entidade beneficente do Rio Grande do Sul", afirma.

De acordo com a assessoria, Terra foi exonerado do cargo de secretário de Saúde do Rio Grande do Sul apenas para participar da votação de ontem no Congresso, atendendo a solicitação do presidente de seu partido, Michel Temer. "Osmar Terra reassumiu o exercício do mandato de deputado federal com o objetivo de participar da votação".
Fonte: Contas abertas

Um comentário:

  1. Obrigada pela visita e pelas gentis palavras.

    Com certeza seremos parceiros nessa luta contra os destruidores do nosso país.

    Parabéns!!!

    Abs

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