sábado, 30 de maio de 2009

Típico covarde, Chavez foge de debate com Vargas Llosa


Quatro intelectuais latino-americanos, que estão em Caracas para participar de um fórum, aceitaram nesta sexta, 29, o desafio feito pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para um debate em seu programa de rádio e TV, Alô, Presidente!. Mas propuseram que, para maior eficácia e clareza, o debate fosse apenas entre Chávez e o escritor peruano Mario Vargas Llosa.

O presidente venezuelano rejeitou um debate apenas com Vargas Llosa e reiterou sua proposta, dizendo que deixava abertas as portas do palácio para que intelectuais liberais e socialistas aceitassem seu convite e mantendo o encontro para este sábado, 30, às 11 horas. "É lamentável que não aceitem. Não querem discutir, o que querem é um show", disse o presidente após receber a proposta dos escritores. Chávez argumentou que Vargas Llosa deveria primeiro tornar-se presidente para debater com ele.

Grandes críticos do governo venezuelano, Vargas Llosa e os escritores Jorge Castañeda, do México, e Plinio Apuleyo Mendoza, da Colômbia, juntamente com o historiador mexicano Enrique Krauze, foram a Caracas a convite do Centro de Divulgação de Conhecimento Econômico (Cedice), que organizou o fórum Encontro Internacional pela Liberdade e Democracia.


"Seria muito interessante para os venezuelanos ver seu presidente num debate de ideias respeitoso, com regras claras, escutando as opiniões dos demais e não só expondo as suas", afirmou Krauze.

Na quarta-feira, Vargas Llosa foi brevemente retido no aeroporto de Caracas, onde foi advertido por um funcionário da alfândega que "como estrangeiro não pode fazer declarações políticas na Venezuela."
Mas no dia seguinte o escritor e seus colegas, não pouparam críticas ao governo venezuelano em seus discursos no fórum do Cedice, no qual se denunciou as ameaças de Chávez à imprensa e os cerceamentos às liberdades democráticas no país. Uma comissão do Senado brasileiro pediu ontem explicações sobre a retenção do escritor peruano.
O presidente negou que Vargas Llosa tenha sido detido no aeroporto e qualificou as denúncias do escritor como uma "provocação", antes de fazer o convite para o debate.
Chávez começou a apresentar na quinta-feira o primeiro de quatro episódios especiais do Alô, Presidente! que devem ser transmitidos até domingo. Trata-se de uma comemoração pelos dez anos do programa.
Fonte: Estadão online

Opinião:
Típica postura de um líder populista e fraco, que através de sua fala fácil e enganosa, quando é exposto para um debate mais amplo e profundo escorrega pelas laterais, creiam amigos, não faltará ao ditador bolivariano desculpas para esquivar-se da batalha de idéias.
Por outro lado, coloque-o com um monte de coitados, que por um bocado de comida e promessas de um futuro fabuloso com o seu profeta e líder, teremos um Chavez eloquente, crível e confiante, como alguns de seus pares latinoamericanos.

2 comentários:

  1. Estou com preguiça de pesquisar, mas bem que gostaria de ver o que os jornais venezuelanos falaram a respeito da covardia do seu líder. Amordaçada, deve ter arrumado alguma desculpa esfarrapada culpando Llosa.

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  2. Não é de se espantar que Chavez se recuse a tal debate. O que é uma pena, já que seria bem interessante. A única coisa que me consola, é saber que não é somente nosso povo que escolhe mal seus governantes, por mais egoísta que possa parecer

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