terça-feira, 1 de junho de 2010

Quando o crescimento pára por falta de planejamento


O Brasil está em um dos seus melhores momentos econômicos, ainda mais, um dos países com melhor performance no mundo, dando opção aos investidores do mundo todo com a prerrogativa de uma economia estável, sólida e com crescimento confiável.
O montante de investimento que o Brasil terá é imensurável nos próximos anos. Setor de energia e Petróleo, Copa do Mundo, Olimpíadas e a projeção de crescimento do PIB, acima de 6% a.a, o que significa um aumento no consumo nunca visto.
Aí olhamos para dentro.
Temos um monstro adormecido, o gargalo nos principais aeroportos do país. Hoje, simplesmente eles não tem mais condição de suportar a demanda, vou tentar imaginar daqui a dois anos. Não consigo.
O segmento de eletrônicos na Amazônia tinha projetado um volume recorde de produção de aparelhos de TV, já refez os cálculos considerando diminuição na produção em razão dos atrasos na chegada dos componentes importados.
Tem uma palavra que me dá medo e está por vir, dessa vez, sem piedade:
Colapso nos aeroportos.
para se ter um pequeno retrato de nossa situação hoje:
Dez aeroportos localizados em cidades-sede da Copa não conseguem atender aos pedidos de pousos e decolagens feitos nos horários de pico. O caso mais complicado é o do aeroporto de Manaus: dos 17 pedidos de pouso e decolagem feitos por hora, o aeroporto só consegue atender a 9 deles. Em Guarulhos, a capacidade é de 53 pousos ou decolagens para uma demanda de 65 pedidos por hora.
O mercado doméstico de transporte aéreo de passageiros deve mais que triplicar de tamanho nas próximas duas décadas. No entanto, o crescimento exigirá a resolução de obstáculos enfrentados pelo setor, como as deficiências na infraestrutura aeroportuária e a elevada carga tributária aplicada às companhias aéreas.

Estamos falhando muito, e, em minha análise a conta é mais simples do que se imagina:
O resultado na arrecadação de impostos em toda a cadeia de serviços que envolve os aeroportos brasileiros considerando o aumento de sua capacidade deve deixar dinheiro em caixa para os investimentos necessários, isto é, dá superávit.
Esse cálculo deve ser feito pelo governo ou pelo IPEA que já tem um belo estudo sobre este assunto, falta mesmo é visão e gestão no governo.
Odeio apontar as deficiências sem uma opção de solução, parece a oposição em qualquer governo, mas, neste caso, temos os principais elementos que sustentam este investimento:
Crescimento econômico, aumento da renda e aumento na produção, que garantem que essa conta feche, no azul.

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