domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Estilo Dilma começa a se distanciar de Lula. E isso tem incomodado.

Em pouco mais de um mês como presidente, Dilma Rousseff imprimiu um ritmo próprio e mudanças de gestão e rumo, deixando claro que não pretende passar para a História como alguém que apenas deu continuidade ao governo Lula. Ela já demonstrou, por exemplo, que não está disposta a afagar ditaduras, como a do Irã, e relevar violações dos direitos humanos, em nome do pragmatismo que orientou a política externa do seu antecessor. Nem é adepta de adiar a solução para crises políticas; mais de uma vez, demitiu assessores que avançaram o sinal – caso de Pedro Abramovay, afastado da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), após propor que pequenos traficantes não fiquem presos. Na política econômica, também mostrou estilo distinto ao de Lula: enfrentou a pressão das centrais sindicais por um reajuste maior para o salário mínimo. Mesmo mantendo os 37 ministérios de Lula, nomeou quatro gerentes para dar mais agilidade à administração. Tal independência já causa mal-estar no grupo mais ligado a Lula.
O jeito Dilma de governar
Gestão - Para agilizar a administração, Dilma dividiu os ministérios herdados de Lula em 4 times.
Política - Para Dilma, denúncia tem que ser apurada e bate-boca entre aliados deve ser evitado. Por isso, Eduardo Cunha (PMDB) perdeu Furnas.
Economia - Dilma enfrentou as centrais sindicais na questão do salário mínimo e anunciou corte em gastos de custeio sem se abalar.
Divergências - Não titubeia ao demitir. Fez isso com Pedro Abramovay, porque anunciou medidas sem consultá-la.
Holofotes - Ao contrário de Lula, não tem personalidade de celebridade, mas foi rápida na tragédia da serra.

Fonte: O Globo

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