sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Unidade da GM na Suécia pode falir a qualquer momento.


A montadora sueca Saab, unidade da americana General Motors, apresentou declaração de insolvência --situação em que uma pessoa ou empresa é incapaz de pagar seus compromissos--, mas informou que vai manter a produção por enquanto, anunciou nesta sexta-feira o conselho da firma. Caracterizada a insolvência da empresa, fica aberto o caminho para que, independentemente de qualquer pedido formal por parte de credores, seja decretada a falência.
Fontes da Saab informaram, segundo a agência de notícias Efe, que a sobrevivência da segunda maior montadora sueca --atrás da Volvo-- poderia estar em uma união com a alemã Opel, também ligada à GM --e também em situação financeira crítica.

A Saab, que no ano passado produziu cerca de 94 mil veículos, tem 4.100 funcionários na Suécia, principalmente na unidade de produção de Trollhattan (sudoeste do país).

A GM tenta obter US$ 6 bilhões em ajuda junto ao governo da Suécia e de outros quatro países --Reino Unido, Alemanha, Canadá e Tailândia--, além da ajuda extra de até US$ 16,6 bilhões que consta da proposta de reestruturação apresentada nesta terça-feira (17). A empresa precisa obter a ajuda dos outros países até 31 de março, prazo estabelecido pelo governo para continuar a oferecer ajuda a fim de manter a empresa aberta.

A GM Europe já informou em um comunicado que está preparada para discutir possíveis parcerias para garantir suas operações no longo prazo. Na Ásia, a expansão não prosseguirá sem ajuda de governos ou outros parceiros. Em dezembro, a GM anunciou a abertura de uma unidade de produção na China, para produzir o modelo Chevrolet Cruze.

A expansão de duas unidades de produção na Tailândia está suspensa "indefinidamente", e a expansão na Índia foi classificada pela GM como inviável por não se autossustentar.

GM e Chrysler apresentaram seus planos de reestruturação nos EUA, cumprindo a condição estabelecida no ano passado quando receberam do governo um empréstimo de US$ 17,4 bilhões, a fim de fecharem suas contas e continuarem abertas. Os planos de ambas incluem a necessidade de novos empréstimos, que podem passar de US$ 21,6 bilhões. As duas projetam um corte total de 50 mil trabalhadores no mundo todo --47 mil da GM e 3.000 da Chrysler. Com o que já foi emprestado no ano passado e as novas cifras divulgadas nos planos de ontem, o total dos empréstimos pode chegar a US$ 39 bilhões.
fonte: folha online

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