sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Brasil deverá ganhar um lugar no Conselho de Segurança da ONU.


A embaixadora do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), Maria Luiza Viotti, disse acreditar que a conquista de um assento rotativo pelo Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas deixa o país mais perto da tão aspirada vaga permanente no Conselho.
''Nossa atuação pode contribuir para a percepção de que a presença do Brasil no Conselho contribuiria para que ele seja visto como mais eficaz, mais legítimo e representativo'', disse.
O Brasil foi eleito nesta quinta-feira por 182 votos para uma vaga não permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Um total de 183 entre os 192 países que integram a ONU participaram da votação. Os representantes das diferentes nações podiam votar em seus próprios países.
A Venezuela obteve um único voto, o que a impediu de conquistar um assento rotativo no Conselho.
Esta é a décima vez que o Brasil conquista uma vaga não permanente no Conselho e a segunda no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A embaixadora Maria Luisa Viotti será a primeira mulher a representar o Brasil no Conselho de Segurança.
Mediação
No entender de Viotti, o país também reforça o seu pleito por uma vaga permanente graças ao seu papel como mediador em diferentes regiões e conflitos internacionais.
"A nossa credencial é de um país que pode desempenhar um papel de diálogo, de mediação. O Brasil exerce uma interlocução muito ampla. Não só na nossa região, mas também no Oriente Médio'', afirmou a embaixadora.
Oriente Médio
O Brasil está adotando uma posição conciliadora em uma polêmica ligada ao relatório sobre supostos abusos cometidos pelas forças de Israel durante a ação militar contra a faixa de Gaza, no início deste ano.
Nesta segunda-feira, o Brasil defendeu, em uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, a adoção parcial das recomendações contidas no documento produzido a partir das investigações sobre o a incursão militar israelense.
O documento, endossado pelo Brasil, acusa Israel e grupos armados palestinos de crimes de guerra.
Mas a posição brasileira é a de que o documento não deveria ser enviado para o Conselho de Segurança e nem para o Tribunal Penal Internacional, porque isso poderia ameaçar as negociações de paz na região.
Os representantes da Autoridade Palestina defendem a aprovação integral do relatório. Em discurso realizado na ONU, a embaixadora Maria Luiza Viotti sintetizou a posição brasileira, ao dizer que a prioridade deve ser tentar dar sustentabilidade às negociações entre israelenses e palestinos.

fonte: folha de São Paulo

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